terça-feira, 21 de setembro de 2010

De algum modo ela sabia que estava tudo acabado antes mesmo que eu começa-se a falar.
Eu abri a porta do carro para que ela entra-se e dei a volta lentamente, pensando como começar.
Abri a porta e me sentei olhando fixamente para frente, fechei a porta com um movimento automático e coloquei a chave no contato, virei para olhá-la nos olhos, mas ela era tão linda que tive que desviar os olhos e tomar fôlego para ter coragem e começar a falar:
- Eu te amo, mas...
E antes mesmo que eu pude-se terminar ela pegou minhas mãos e pediu:
-Me olhe nos olhos e não me deixe ir embora.
Realmente eu não sabia o que fazer, tirei minhas mãos da dela e liguei o carro, seguimos em silêncio até a rua da casa dela, parei o carro algumas casas antes da dela e finalmente tomei coragem para falar:
-Não quero mais te enganar, eu não te amo, nem mesmo cheguei à amar um dia, sinto muito pelas minhas mentiras e pelos planos que jurei que faríamos juntos, apenas passamos um bom tempo juntos, afinal foi divertido não foi? Não daria certo e no fim você acabaria muito mais magoada.
Respirei fundo e olhei para ela. Ela ainda era tão linda quanto no tempo do colégio, mesmo já tendo passado 35 anos, ela ainda tinha aquele brilho adolescente nos olhos. Ela era perfeita, mas eu tinha que deixa-la e a única forma de fazer isso era fazendo ela me odiar.
Ela me olhou com uma mistura de ódio e dor nos olhos, se aproximou e me beijou, exatamente o mesmo beijo que ela me dava quando fazíamos amor, e aquilo me destruiu por dentro, pensar que aquele seria nosso ultimo beijo, abriu a porta e saiu sem dizer mais nada. Fiquei ali parado até que ela entra-se e que as luzes da sala de estar estivessem apagadas.
No caminho da minha casa, ela não me saia da cabeça, tudo o que tínhamos vividos juntos, mas eu sabia que tinha feito à coisa certa. Parei o carro na frente da minha casa e entrei silenciosamente e fui direto para o quarto, com a luz do corredor acessa pude ver minha jovem e amada mulher deitada em nossa cama, por cima do lençol fiquei observando sua barriga de 5 meses, meu futuro craque da seleção, como nos o chamávamos, crescia dentro dela.
Troquei minhas roupas, deitei ao lado dela pensando em como a vida não podia ser melhor e esqueci todo o resto sem importância.

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